Mundo vive “boom” no tratamento da doença mitral por cateter

Dr. Márcio José Montenegro da Costa

Dr. Márcio José Montenegro da Costa
(Rio de Janeiro – RJ)

O mundo vive um “boom” no tratamento da doença mitral por cateter. Para se ter ideia, hoje há cerca de 65 novos dispositivos mitrais sendo testados no mundo inteiro, incluindo aí Europa, Ásia e Estados Unidos. O Brasil trabalha com um, mas outros dois estão a caminho do nosso país e devemos fechar o ano que vem com dois ou três novos dispositivos.

Temos cerca de 22 válvulas para implante na posição mitral sendo testadas, com duas já em funcionamento na Europa e Estados Unidos, mas com acesso pela ponta do coração, que é chamado acesso transapical.

Acredita-se que o acesso transeptal (por dentro do coração) é que vai tornar o uso mais fácil por todos. Há, inclusive, um estudo mais recente nos Estados Unidos já com este tipo de válvula.

Nesta fase inicial do “boom” na evolução do tratamento, como é natural, o custo é relativamente elevado para os padrões brasileiros. Isso ocorreu também com o stent farmacológico e com o implante percutâneo de válvula aórtica.

“Eventos como este do CIMI são muito importantes para o compartilhamento de novas tecnologias, novos dispositivos, para saber quais os pacientes aptos a receberem esses novos dispositivos. A gente sabe que, normalmente, são dispositivos com custo mais elevado, então é fundamental identificar quem é o paciente com os requisitos para a recepção destas novidades”, exalta o Dr. Montenegro.

Na visão dele, trazer tudo isso para cidades e regiões como a de Uberaba é “muito gratificante, porque a gente pode fazer um evento mais inclusivo, mais aberto, mais próximo das pessoas. Isso faz crescer não apenas a região, mas o país como um todo. Não adiante concentrarmos apenas nos grandes polos, retendo só nos centros maiores as informações e avanços tecnológicos”.

Temas abordados no 1º Simpósio Uberabense de Intervenção Percutânea em Cardiopatia Estrutural:
1) Oclusão de apêndice atrial esquerdo. Qual o benefício?
2) Tratamento da insuficiência mitral com MitraClip: Para quem?