Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, por meio do seu sistema conhecido por “Cardiômetro”, apontam no primeiro semestre de 2021 mais de 200 mil mortes por doenças cardiovasculares. Dentre as principais, estão as doenças hipertensivas, o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral (AVC) e outras. Em busca de reduzir esses números alarmantes, especialistas orientam sobre os cuidados que devem ser adotados a fim de prevenir e tratar possíveis doenças do coração.
Com relação à prevenção, o cardiologista Achilles Gustavo da Silva relata que as doenças cardiovasculares exigem detecção precoce, tratamento adequado e atenção a possíveis fatores de risco. “A avaliação para verificação desses fatores de risco no adulto deve acontecer de 20 a 39 anos e o acompanhamento vai depender do que for encontrado nessa avaliação. Caso esteja tudo normal, a avaliação pode acontecer a cada 5 anos”.
“Como a prevalência de doença cardiovascular aumenta com a idade, nos pacientes com idade acima de 40 anos, essa avaliação deve ser realizada rotineiramente. Em relação à investigação de outras doenças cardiovasculares, como as cardiomiopatias ou alguns tipos de arritmias, o relato de casos na família ou de óbitos em familiares abaixo de 45 anos deve ajudar na investigação de doenças mais raras”, complementa o especialista.
Para que a detecção precoce seja eficiente, é preciso estar atento a alguns sintomas específicos. Silva lista alguns dos possíveis sinais de alerta, destacando que, mesmo sendo importantes, nem sempre eles são especificamente causados pelas doenças do coração e o diagnóstico só deve ser confirmado com apoio profissional. “Sempre que o paciente apresentar sintomas sugestivos de acometimento cardíaco, como dor no peito, falta de ar, cansaço, palpitações, ele deverá buscar atendimento para evitar doenças cardiológicas graves que cursam com morte súbita ou possibilidade de complicações fatais”.
O estilo de vida também pode influenciar na saúde do coração. Silva destaca que, com a presença de alguns fatores, como tabagismo e rotina sedentária, o risco de doenças cardiovasculares pode aumentar. “O estilo de vida com hábitos saudáveis, com dieta adequada e atividade física regular, ajuda no controle dos fatores de risco, diminuindo a chance de acometimento cardiovascular. Manutenção de peso adequado, não fumar, dieta saudável e atividade física regular é a melhor forma de prevenir as doenças cardiovasculares”.
Ainda sobre os sintomas, o cardiologista reforça que, mesmo em meio às restrições pela pandemia, o paciente não pode deixar de buscar atendimento, já que a demora no diagnóstico pode levar a complicações graves e até mesmo fatais. Para aqueles que estão com tratamento em curso, a recomendação é semelhante. “Manter hábitos saudáveis, com peso adequado e atividade regular. As recomendações para manutenção das medidas de proteção, com uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos, devem ser mantidas para todas as atividades, sejam elas recreativas, atividades físicas ou consultas médicas”.
Texto reproduzido do Jornal da Manhã 16/09
UNIDADES:
Copyright © CIMI - Centro Integrado de Medicina Cardiovascular. Todos os direitos reservados. Design by P&A Comunicação